terça-feira, 27 de novembro de 2007

Mortal Kombat Online

Você que quer jogar MK no PC está ai os arquivos necessários, da ate pra jogar online, mas recomendo que você treine bastante antes, porque os caras destroem.


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Super Mario Galaxy

Tradicionalmente, todo console da Nintendo é agraciado com ao menos uma grande aventura do encanador italiano Super Mario. Desde o Nintendinho 8-bits é assim - até o mal fadado Virtual Boy seguiu a escrita com Mario Clash - e claro que badalado Wii não poderia ficar de fora.

Muitos apostavam num game do herói logo no lançamento do videogame, mas a espera acabou sendo de praticamente um ano visto que só em novembro deste ano que o bigode bem aparado de Mario aterrissou no Wii com Super Mario Galaxy.

O jogo é a terceira aventura tridimensional do herói (na verdade a quarta a utilizar este tipo de gráfico, mas eu explico isso melhor no box ao final do texto) e traz o mesmo mote de sempre: salvar a pobre Princesa Peach, mais uma vez raptada pela gigante tartaruga mutante Bowser.

Uma galáxia muito, muito distante


A história começa com a princesa convidando Mario a visitar o castelo por ocasião do Star Festival que ocorre a cada cem anos quando um cometa transpassa os céus do Reino dos Cogumelos, fazendo chover centenas de estrelas na terra. Qual não é a surpresa do herói quando, ao chegar próximo à morada da moça, é acometido por ataques vindos do alto. Mais precisamente de navios aéreos (quem jogou Super Mario Bros. 3 há de se recordar das airships na qual ocorriam os embates com chefões), tripulados por Bowser e seus capangas.

Mais do que isso, o vilão lança ganchos no terreno ao redor do castelo e assim leva a fortaleza aos céus, às alturas, à estratosfera até chegar, finalmente, ao espaço. A última fronteira.

No processo, Mario é arremessado longe nas estrelas e galáxias, caindo inconsciente num pequeno planetóide esférico, extremamente similar àquele habitado pelo Pequeno Príncipe, do livro homônimo do francês Antoine Saint-Exupéry. Aqui, porém, o lugar não é habitado pelo menino que deseja um carneiro, mas sim por Lumas, entidades celestiais em forma de estrela que apresentam nosso viajante estelar a Rosalina, protetora dos Lumas. Visualmente, a mocinha é uma gêmea de Peach com a diferença de usar um vestido verde e ostentar uma franjinha (emo?) à frente do olho direito. Não só isso, ao invés de implorar incessantemente por ajuda, Rosalina oferece suporte ao bigodão - para em seguida requisitar os serviços heróicos dele, é verdade.

Ela confere a Mario o poder de desferir um ataque giratório - realizado com uma leve balançada do Wiimote ou Nuchuk, uma das poucas implementações dos sensores de movimento no game. Por meio dessa habilidade, é possível transitar entre as centenas de planetinhas circulares que povoam o universo lançando mão das Launch Stars, estrelas que funcionam como canhões, lançando nosso audacioso protagonista aonde nenhum encanador jamais foi.

A jogada genial de Super Mario Galaxy é que cada corpo esférico apresenta gravidade própria. Isso gera situações totalmente inusitadas, como andar de ponta-cabeça ou então saltar de uma lua à outra, valendo-se da força gravitacional para alcançar a plataforma. Seja nos preponderantes ambientes 3D ou até nos esparsos, e marcantes, segmentos bidimensionais, que nos fazem lembrar dos jogos de NES e Super Nintendo ou até o recente New Super Mario Bros., do Nintendo DS.

Controles familiares




Daí em diante a mecânica de jogo é similar à de Super Mario 64. O cenário principal é a estação espacial de Rosalina (que, no caso, também é o tal cometa que os Toads vêem riscar o céu do Reino dos Cogumelos todo século). De lá é possível acessar todos os mundos existentes, seja por meio de observatórios ou de outras Launch Stars.

Cada mundo principal possui um mínimo de três estrelas a serem coletadas. Conforme se acumula mais e mais dos itens luminosos, a estação adquire mais potência, reativando assim outras áreas do lugar e, conseqüentemente, habilitando mais ambientes a explorar. Com tudo aberto, totalizam-se seis observatórios diferentes, vinte nove níveis diferentes e mais doze fases bônus na área principal, ou seja, quarenta e uma ao todo. Uma aventura assaz variada e extensa.

A quantidade de estrelas não poderia ser diferente: 120. Mesmo número de Super Mario 64 e Super Mario Sunshine. Desta vez ainda há um prêmio verdadeiramente cobiçável ao coletá-las todas - não apenas um mero brinde insípido como a aparição de Yoshi em 64 ou cenas extras no final de Sunshine.

Controlar Mario é um prazer. O baixinho responde com rapidez e precisão aos seus controles, além de esbanjar um rol de movimentos atléticos dignos de ginastas olímpicos. Todos são oriundos da incursão do rapaz no Nintendo 64. Eles incluem pulos, cambalhotas, mortais triplos, saltos de costas, saltos longos e outras tantas estripulias, a exemplo da tradicional bundada, apertando o botão de agachar no meio do ar. Como já mencionado, chacoalhando um dos controles o moço gira com os braços estendidos, atacando o que vier pela frente e ativando botões e Launch Stars.

Após sentidas ausências em Sunshine, voltam aqui as fantasias, que conferem ao bigodão poderes especiais. Devo dizer, criatividade e inspiração sobraram neste quesito - incluindo também uma bela homenagem retro. Mario se transforma em abelha e voa, em fantasma para assustar e atravessar grades, em homem de gelo para patinar sobre água e ficar imune a fogo, fica enrolado numa mola para pular mais alto, cultiva novamente as flores de fogo para arremessar bolotas quentes e adquire poderes estelares para voar livremente.

Todas as indumentárias propiciam situações inventivas, mas, infelizmente, são utilizadas em poucos momentos. Caso da capacidade para voar, obtida apenas quando se está próximo da marca mínima de 60 estrelas para encerrar a aventura.

O sensor de movimento do Wiimote é utilizado também para controlar um pequeno cursor em formato de estrela. Com ele, pode-se atirar Star Bits, pequenos fragmentos coloridos de corpos celestes, para atordoar meliantes, ativar mecanismos e, principalmente, alimentar Lumas famintos. Uma vez satisfeitos, eles se transformam em planetóides, Launch Stars ou até mesmo galáxias novinhas para serem desbravadas.

Uma adição bacana é que um segundo jogador pode participar da brincadeira por meio do Co-op Star Mode. A qualquer instante, é permitido ligar um segundo controle que movimenta também uma estrelita (aqui amarela em vez de azul). Ela tem as capacidades de atirar Star Bits, paralisar inimigos pelo caminho e ajudar Mario em saltos mais capciosos. Ainda que demasiadamente simples, a opção é bacana por permitir que uma pessoa vá alem da mera experiência de observar outra pululando com Mario na tela; aqui ela efetivamente interfere na ação. Gamers hardcore hão de torcer o nariz e ignorar este modo, mas é inegável o potencial que isso tem de atrair pessoas não acostumadas a jogos eletrônicos pela simplicidade. Aliás, corroborando a filosofia da Nintendo com o Wii. Em todos os sentidos, Mario Galaxy é um jogo que exala Big N por todos os cantos - e estrelas, planetas, moedas...

A expectativa geral era de que a incursão do herói utilizasse amplamente os recursos sensoriais dos controles, mas este não é o caso. Mas assim é melhor, ainda que simplórias, as implementações funcionam de maneira maravilhosa. Claro, todas poderiam ser substituídas por comandos tradicionais, mas perderiam agilidade ou mesmo o charme. Balançar o Wiimote com vontade e ver o herói voando pela tela por conta disso é mágico, para dizer o mínimo.

Contudo, justamente para quem esperava um pouquinho mais há algumas seções de mini-games que utilizam bem os sensores. Em algumas fases usa-se o controle na vertical, como um manche, para guiar uma bolota sobre a qual Mario está andando. Em outras situações, o cursor do controle pode assoprar para movimentar uma bolha com o gordinho dentro. Há também eventos esportivos, nos quais se pilota um animal similar a uma raia e o Wiimote é novamente um manche. Trechos curtíssimos, é verdade, mas que saciam completamente a vontade de balançar ainda mais os joysticks.

Visual de outro mundo, músicas intergalácticas




Uma reclamação recorrente em relação aos jogos de Wii é em relação à qualidade gráfica. Por possuir um hardware muito menos poderoso que os colegas de nova geração Xbox 360 e PlayStation 3, os games da máquina branca da Nintendo não contam com efeitos de luz tão arrojados ou construções fotorrealistas.

Super Mario Galaxy não faz milagre. Naturalmente aqui a história não seria diferente. Ainda assim, negar que o jogo seja lindo é cometer heresia. A direção de arte nos jogos Nintendo já são verdadeiras referências, mas o que efeito aqui é, com o perdão da péssima piada, algo de outro planeta. Todas as capacidades gráficas do Wii são nitidamente direcionadas no sentido de propiciar uma experiência muito próxima de filmes de animação 3D de alto nível, como os da Pixar e Dreamworks.

Cores vibrantes, iluminação suave e convincentes, animações fluidas, texturas competentes e bordas arredondadas em praticamente tudo. Difícil abstrair e dizer para si mesmo que tudo não passa de números, cálculos matemáticos e polígonos planos formando as paisagens impressionantes que se formam à sua frente. Tal excelência visual transparece seja lá qual dos variadíssimos ambientes estiver na tela no momento. Praias paradisíacas, vulcões incandescentes, florestas bucólicas, geleiras glaciais e tantas outras locações exibem primor técnico.

Outro detalhe marcante: todo o cenário é visível, e tudo que é visível aqui é tangível. Ou seja, você pode chegar em qualquer lugar que aparece na tela. Nada de paredes invisíveis ou plataformas altas demais.

No departamento sonoro, outro show. Pela primeira vez um game Super Mario presenteia nossos ouvidos com músicas totalmente orquestradas, realizadas em sua maioria por um grupo de aproximadamente cinqüenta músicos formado especialmente por ocasião do jogo, a Orquestra Mario Galaxy. Liderado por Mahito Yokota, notório (ou nem tanto) pela trilha de Donkey Kong: Jungle Beat, do GameCube, o conjunto exibe esmero resplandecente na execução de faixas que remetem diretamente à temática espacial abordada aqui, com exploração inteligente dos grupos de cordas e metais.

Um pequeno grupo de quatro composições de Koji Kondo, clássico musicista responsável pelas músicas mais memoráveis dos jogos do Mario, abrilhantam ainda mais o pacote, proporcionando uma variedade de estilo saudável. Como já está se tornando padrão nas produções Nintendo, uma generosa pitada retrô se faz presente numa seleção de trechos tirados de praticamente toda a cronologia Mario. Desde o SMB original, com passagens por SMB 3, SM World, SM 64 e até Sunshine, você ouvirá um bocado de tudo aqui.

Vale o mesmo para os efeitos sonoros, marcados pela nostalgia. Difícil conter o sorrisinho maroto ao ouvir o barulho do cogumelo vermelho ao pegar um power-up ou, fungo verde, quando se ganha uma vida extra, e as bolinhas de fogo como Fire Mario.

No decorrer da jornada, SMG oferece um extra singelo que o amarra ainda mais à visível inspiração no livro O Pequeno Príncipe. Conforme se abrem novos mundos, é possível conferir os capítulos de um conto infantil narrado pela própria Rosalina, os quais você assiste/lê na Biblioteca da estação espacial. Cada página da fábula possui figuras que lembram desenhos com giz de cera e aquarela (como na obra de Saint-Exupéry). Eventualmente, o conto se liga intimamente ao entrecho principal de Galaxy, mas sem afetá-lo diretamente. Algo mais no sentido de esclarecer e enriquecer o pano de fundo da aventura.

Por fim, o jogo não acaba quando termina. Coletar as 120 estrelas é apenas a primeira tarefa rumo à entrada em um mundo novo (ou talvez nem tanto), que por sua vez leva a um prêmio ainda maior. Mas evito spoilers neste texto principal. Se sua curiosidade for tão grande assim não deixe de conferir o Box referente ao final deste texto.

Um grande passo para Super Mario


Super Mario Galaxy é o jogo que todos queríamos no lançamento do Wii. Melhor ainda, é o título que gostaríamos de ter visto sucedendo diretamente Super Mario 64.

A aventura espacial da mascote da Nintendo excede as altíssimas expectativas geradas por qualquer um que você possa imaginar, revitalizando o gênero plataforma de maneira exemplar e proporcionando horas e horas de diversão pura, tudo com visual arrebatador, trilha sonora contagiante e uma série de extras que só fazem valorizar o pacote.